Um dos sinais vermelhos em viver na pandemia continua sendo a aglomeração – as pessoas reunidas, pertinho uma das outras e sem máscara. É provável que uma geração inteira terá que mudar de comportamento; o que era motivo de total liberdade e prazer, hoje, é perigoso e pode ser fatal. Contudo, também podemos viver em casa, de forma saudável e livre; afinal, quem não gosta de receber amigos?
Tendo consciência, dá para transformar nossa casa em um lugar sadio e socialmente protegido, começando pelo cuidado de deixar os sapatos do lado de fora, convidar um número de pessoas suficiente para não aglomerar, pedir sempre o uso de máscara, conversar, se possível, ao ar livre ou com as janelas abertas e, quando tirar a máscara, manter a distância mínima. É como diz o ditado, ainda mais relevante em fase de pandemia: “Uma boa conversa acontece, no máximo, com oito pessoas; mais do que isso, vira disputa de quem fala mais alto”.
Muita gente teve que mudar a rotina e ficou sem os shows presenciais, desfiles de moda, exposições, teatros, cinemas, o que afetou, principalmente, os profissionais envolvidos nessas produções. Surgiram muitos financiamentos coletivos e instituições artísticas para ajudar, mas, por enquanto, esses profissionais estão sofrendo mais do que ter a nossa rotina de liberdade interrompida.
Perguntei à astróloga Constança Basto, que, atualmente, mora na Itália, com o marido, o artista plástico Lucio Salvatore – jovens e acostumados a vernissages com muitos amigos pelo mundo —, como a vida deles foi modificada pela pandemia: “Nunca fui de aglomerações; não gosto de ir a lugares cheios ou lotados. Sempre fui mais calma, caseira e de programas tranquilos. Com a pandemia, passo o meu tempo em casa. Tenho trabalhado muito e, como sempre fiz minhas consultas astrológicas online, via skype ou zoom, então nada mudou. Saio só quando é estritamente necessário e não posso resolver pela Internet. Tomo todos os cuidados: máscara, distância, álcool em gel. Precisamos ser cautelosos e estar muito atentos!”.