Com ou sem pandemia, o Rio não cuida do Rio. O restaurador Marconi Andrade, que sempre anda pelas cidades, denunciando a depredação de monumentos e espaços públicos, fez imagens, nesta sexta (19/06), de como está atualmente o portão da entrada do Parque Guinle, em Laranjeiras: bastante enferrujado. A estrutura de ferro, fundida em bronze, foi tombada pelo município em 2001. Eduardo Guinle — o patriarca da tradicional família carioca, que fundou, com Francisco de Paula Ribeiro e Cândido Gaffrée, a Companhia Docas de Santos — comprou, em 1911, o portão na fundição francesa Schmartz & Meurer, em Paris.
Outro detalhe é que o parque foi construído como os jardins da casa de Guinle, o atual Palácio Laranjeiras, casa do governador do Rio, ou seja, se o monumento está assim, ali, imagina os outros?
A propósito, desde fevereiro, antes da pandemia, os visitantes reclamam do estado do monumento. À época, a Secretaria municipal de Conservação e Meio Ambiente (SMAC) informou que reconhece a necessidade de revitalização e que a Gerência de Monumentos e Chafarizes tem um projeto de reforma, sem data para início, ainda mais depois da pandemia.