Não é só no Brasil que tudo acaba em festa. Há duas semanas, desde a violenta morte de George Floyd, negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, os protestos nos Estados Unidos acontecem diariamente, contra o racismo e em homenagem aos negros mortos pela violência. Viviane Faver, jornalista brasileira que mora em Nova York, tem acompanhado muitos deles e percebido outra intenção de alguns manifestantes: com boates, bares e clubes fechados, as passeatas quase sempre terminam em festa, com carro de som e bebedeira. Ela diz que alguns amigos, inclusive, fazem uma planilha do dia para acompanhar as manifestações no intuito de socializar e curtir. Que tal?
Para os nova-iorquinos acompanharem os encontros, foi até criado o perfil @justiceforgeorgenyc, que já tem 176 mil seguidores. Nesta terça (09/06), dia do sepultamento de George, em Houston, já são seis passeatas confirmadas em vários pontos da cidade. Pede-se a todos os participantes que levem cartazes e usem máscaras.
Nessa segunda (08/06), teve batucada no estilo baiano no Brooklyn, com um grupo haitiano e, nesse fim de semana, em Detroit, um protesto terminou em rave, com todos, em alto e bom som, dizendo no meio da batida eletrônica: “Sem Justiça, sem paz” (como no vídeo abaixo).
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Aqui, o vídeo dos tambores haitianos, desta vez, no Brooklyn, em NY:
THE DRUM IS THE SYMBOL OF RESISTANCE #NoJusticeNoPeace #BrooklynProtests #BlackLivesMatter pic.twitter.com/rfuhBzjYZk
— Har-Vell (@harharbinks) June 7, 2020