Hoje falamos com nosso vizinho de porta ou até mesmo com um amigo no mesmo quarteirão, virtualmente. Em casos extremos, mesmo com quem moramos na mesma casa.
Assim, a globalização tornou-se definitiva. Falamos da mesma forma com quem mora do lado ou do outro lado do mundo e nos sentimos menos afastados, apesar da distância. Essa nova vida tem dois lados: o positivo, em que podemos nos informar globalmente, e o negativo, que é a perpetuação das relações à distância.
Quando nos informamos globalmente, percebemos, cada vez mais, as diferenças e semelhanças no modo de vida – as necessidades, anseios e pontos comuns.
Nessa quarentena, por exemplo, quem se contata diretamente com a natureza está tendo outro relacionamento com o isolamento social. Com a vida corrida, distraímo-nos e pouco convivemos com a natureza, isso sem falar no contato com o mar, rios, piscinas, já que a água mexe diretamente com as emoções.
Sem essa interação, ficamos expostos à falta desse elemento transformador e, principalmente, sem os benefícios físicos que a água nos proporciona. Difícil imaginar que tantas pessoas nem possuem água potável, já que moram em locais sem saneamento básico. Essa realidade brutal não só expõe ao perigo real do vírus, como também limita o desenvolvimento físico, mental e emocional. Glamourizar a quarenta é positivo quando temos responsabilidade diante da globalização das informações. Água é fundamental!
A artista plástica Maritza Caneca costuma reproduzir a água em seus lindíssimos trabalhos, sempre com um olhar poético e transformador, em vídeos ou lindas fotos e pinturas. “Eu trago sempre a presença da água através dos meus vídeos e fotos. Água nos transmite paz. É disso que estamos precisando”.