A ansiedade é tanta que tem carioca que já mandou fazer a camiseta para sua primeira noitada quando os eventos voltarem: “IgG+: Corona Free”. Que tal? A sigla é de um dos exames sorológicos, o chamado IgG (imunoglobulina G), e o positivo significa que a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente, ou já teve contato com a doença em algum momento e, portanto, para algumas doenças, esses anticorpos funcionam como uma proteção em caso de novo contato com o microrganismo.
A propósito, um levantamento realizado pelo Hemorio revelou que 28% dos doadores de sangue que fizeram o procedimento durante a pandemia tiveram contato com o coronavírus, em resultado que vale para aqueles que tiveram sintomas da doença e também para os assintomáticos. No total, foram analisadas 7.286 doações de sangue entre abril e junho. Na segunda quinzena de abril, apenas 4% dos doadores tinham pego a Covid-19; em maio, 18%; e no começo de junho, 28% dos doadores tinham desenvolvido anticorpos para a doença. “Nos surpreendemos bastante. Não esperávamos que fôssemos encontrar essa prevalência, com igm ou igg que aparecem nas pessoas que tiveram Covid e ficaram curadas”, disse Luiz Amorim, diretor do Hemorio.
A análise dos dados está sendo feita em parceria com as universidades públicas do RJ, a Fiocruz e a Secretaria Estadual de Saúde. Nas próximas semanas, outros doadores serão testados.