Sempre naquele clima eis-aqui-um-acima-da-lei, ameaçando sempre, xingando o STF, falando um tom acima, criando conflitos com chineses e judeus e até reitores, não usando uma simples máscara quando é obrigatório e “otras cositas más”, o ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou sua saída do governo Bolsonaro nesta quinta (18/06): “Desta vez, é verdade — estou saindo do MEC. Vou começar a transição agora e, nos próximos dias, eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar. Neste momento, não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que recebi um convite para ser diretor de um banco. Já fui diretor de um banco no passado; volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial”, disse Weintraub em vídeo no Twitter. Como publicado por Bernardo Melo Franco, de O Globo: ele vai ocupar um cargo que já pertenceu a Pedro Malan, o respeitado ex-ministro da Fazenda.
No entanto, tem uma passagem certamente inesquecível: no fim de maio passado, o ex-ministro fez um vídeo segurando um guarda-chuva, imitando o filme “Singing in the rain” para dizer que “está chovendo fake news”; hoje, é um dos investigados. A saída do agora ex-ministro acabou virando assunto coadjuvante à prisão de Frabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. No vídeo de despedida — a ferramenta mais usada por ele nesses 14 meses de governo, depois de assumir o lugar de Ricardo Vélez Rodríguez —, tinha o título “Palavras do Coração”.
Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro
O melhor Presidente do Brasil!
LIBERDADE!https://t.co/zYLGh4hntI— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 18, 2020