Como já publicado nesta coluna, o nome Lourdes Catão seria tombado pelo patrimônio caso existisse isso, no sentido de importância social. A socialite, sempre alegre e colorida, de 93 anos, morreu neste domingo (10/05), no Hospital Copa Star, em Copacabana, com a Covid-19. Lourdes era decoradora reconhecida; viveu mais de 20 anos em Nova York, voltando ao Brasil em 2004. Atualmente morava no edifício Biarritz, no Flamengo, onde recebia, com frequência, grupos pequenos.
No seu aniversário de 90 anos, deu festa para 90 convidados, muito falada, à época, pelo vigor e aparência da aniversariante. “Lourdes foi da época das grandes; junto a Thereza de Souza Campos e Carmen Mayrink Veiga, formava o triunvirato da elegância da sociedade. Foi precursora de nome tradicional a trabalhar. Falando dos tempos atuais, que sociedade?” pergunta médico conhecido, que não quer o nome publicado. Com a morte da irmã, Helena Gondim, em 2008, assumiu a frente do livro “Sociedade Brasileira” (catálogo de nomes e endereços da sociedade). Algum tempo depois, esse projeto foi meio que adormecido, digamos assim. No lançamento da primeira edição sob seu comando, no mesmo ano, deu festa no Copacabana Palace, tendo nas filas todos os nomes de importância do quem-é-quem social do Rio, por assim dizer.
Bem antes disso, no começo dos anos 2000, protagonizou uma grande história, revelada por Hildegard Angel: a confirmação de que seu filho mais velho, Álvaro Luiz, era filho do cunhado, Francisco Catão, e não do então marido, Álvaro. “Lourdes foi deusa até o último segundo dos 93 anos de sua vida. Jamais abandonou a postura, a soberania da elegância, não abriu mão da posição conquistada. Uma divindade social”, comenta a colunista.