Ao fim da quarentena, serviços voltando aos poucos, restaurantes atendendo apenas a 50% da ocupação em alguns países… E qual a ideia de Patrick O’Connell, chef da pousada/restaurante 3 estrelas Michelin The Inn at Little Washington, em Virgínia? Colocar manequins — sim, os bonecos que ficam em vitrines de lojas — para preencher as mesas vazias, na abertura parcial, dia 29 de maio. A excentricidade tem uma explicação: Patrick é formado também em teatro e está pegando os figurinos emprestados de uma peça local e teme que os clientes estranhem o local sem ocupação.
Agora, mude o cenário para o Brasil: até rolaria donos de restaurantes adotarem a mesma excentricidade, mas não como entretenimento, mas cravando o sentido da “impossibilidade de receber aglomerações” — sabemos que brasileiro é um bicho tinhoso, e muitos adoram desrespeitar regras.
Segundo o chef O’Connel, na Virgínia não há casos da Covid-19, mas muitos clientes viajam de Washington pra lá; sua equipe criou máscaras personalizadas com sorrisos de Marilyn Monroe e queixo de George Washington. “Acho que seria bom para as pessoas baixarem o nível de ansiedade quando saem para um lugar que ainda não é afetado, porque, se você assiste à TV, pensa que não existe um lugar assim”, disse ele ao jornal local “Washingtonian”.