Qual a expressão mais ouvida da semana? Sim, você sabe: “E daí?”, desde que o Presidente Bolsonaro respondeu assim a uma repórter (não consegui o nome dela) quando ela falou, à porta do Palácio do Alvorada, que o Brasil ultrapassou o número de mortos da China por Covid-19. Depois complementou: “Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias (seu sobrenome do meio), mas não faço milagre”. Nestes tempos de sobressaltos, resolvemos perguntar a personagens aqui da coluna, gente de espírito, em que situação você diria “E daí?”.
Adriana Birolli (atriz): “Bilionários estão perdendo milhões por causa do Coronavírus: “E daí?”. A preocupação agora é com a saúde e com o equilíbrio. Que cada um possa fazer um pouquinho para que todos nós passemos por tudo isso da melhor forma possível”.
Gabriela Moraes (galerista): “Se o Governo errasse e depositasse R$ 6 mil na conta de quem vão depositar R$ 600, eu diria: ‘E daí?’.
José Bechara (artista plástico): “Só diria ‘E daí?’ para alguém com quem eu quisesse brigar”.
Marcelo Calero (político): “E daí que a pessoa pensa diferente de mim? A gente tem muito mais o que aprender com quem pensa diferente do que com quem pensa igual. Sempre falo ‘e daí’ para aqueles que tentam desqualificar os outros especialmente pela religião, ideologia e orientação sexual”.
Paulo Müller (cirurgião): “Não vou mais viajar tão cedo: ‘E daí?’. Não tenho feito compras: ‘É daí?’. Não posso ir aos restaurantes de que mais gosto: ‘E daí?’. Só não digo ‘E daí?’ para as exposições.
Washington Olivetto (publicitário): “Jamais digo E daí?’. Acho a expressão alienada, grosseira e vulgar”.