A quarentena anda fazendo efeito e pode ser a hora de pôr em dia aquilo que está engasgado. Com tanta reflexão, podemos chegar a conclusões surpreendentes. Teria sido esse o caso de Fernando Collor? Nesta segunda-feira (18/05), o ex-presidente, hoje senador, pediu perdão, em suas redes sociais, pelo confisco na poupança de milhões de brasileiros em 1990, o que culminou com sua renúncia dois anos depois.
“Quando assumi o governo, o País enfrentava imensa desorganização econômica por causa da hiperinflação: 80% ao mês! Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias; pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite!”, disse Collor.
E seguiu: “Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima, mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do País. Acreditei que aquelas medidas radicais seriam o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos. Eu e minha equipe não víamos alternativa; quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros”. Existe perdão para suicídio?