E veio a partida do grandíssimo Gilberto Dimenstein, na manhã desta sexta (29/05), aos 63 anos, nesta fase em que a profissão é tão desdenhada. O jornalista morreu em casa, em São Paulo, de câncer de pâncreas, com metástase no fígado, como publicado no jornal FSP, onde ele trabalhou por 28 anos, de 1985 a 2013. Foi diretor da sucursal em Brasília, correspondente em Nova York, colunista e membro do conselho editorial de 1992 a 2013.
Dimenstein também passou pela CBN, Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Última Hora, Veja e Revista Visão, antes de criar o Catraca Livre e se dedicar ao jornalismo de causas sociais. Todos que o conheciam, tanto pessoal como profissionalmente, estão de luto e fizeram homenagem nas redes sociais, muitos replicando um relato feito à Folha em dezembro do ano passado (aqui, na íntegra).
Gilmar Mendes, ministro do STF: “Manifesto meu pesar pelo falecimento do jornalista Gilberto Dimenstein. Seus inúmeros prêmios e trabalhos demonstram a importância de Gilberto para o jornalismo brasileiro. Um grande defensor da democracia. Que descanse em paz.”
João Doria, governador de São Paulo: “Lamento profundamente a morte de Gilberto Dimenstein, um dos principais expoentes do jornalismo brasileiro. Inquieto e dinâmico, deu voz a atores antes excluídos do debate nacional. O jornalismo e a sociedade perdem um olhar humanista e solidário. Meus sentimentos aos familiares.”
Miriam Leitão, jornalista: “A perda de Gilberto é gigante para o jornalismo. Ele revolucionou a forma de fazer o nosso ofício. Fez sucesso muito jovem, sempre foi um inteligente analista da vida nacional; depois, foi abrir novas fronteiras, como o Catraca Livre. Saudades imensas.”
Walcyr Carrasco, novelista: “Triste notícia! Perdemos hoje o Gilberto Dimenstein, um dos jornalistas mais importantes do País. Fundou o Catraca Livre e passou pelos maiores veículos de comunicação do País. Meu abraço aos familiares e amigos. Vá em paz!”
Alexandre Padilha, deputado federal em São Paulo: “O Brasil perde um grande defensor da democracia e dos direitos humanos. Em tempos de pandemia de coronavírus e aumento do fascismo nas ruas, redes e governo federal, Dimenstein fará muita falta na luta por um país melhor. Minha solidariedade a familiares e amigos.”
Renato Rovai, editor da revista Fórum: “Morreu o jornalista Gilberto Dimenstein. Estivemos algumas vezes juntos – nunca fomos amigos nem inimigos. O texto dele, falando sobre o câncer, publicado na Folha, me emocionou muito, e ele se mostrou maior do que eu o via. Que siga em paz!”