Com a quarentena e todo mundo em casa, diminuíram, por exemplo, os acidentes de trânsito; por outro lado, um outro tipo de acidente, muito mais comum do que se imagina, está aumentando: os domésticos, dentre os quais, os oftalmológicos. Com o confinamento, muitos de nós, em todas as classes sociais, nos transformamos em chefs, pedreiros, pintores, marceneiros etc…..e, com isso, os olhos passam a estar expostos a um pingo de óleo quente, fagulha de fósforo, farpa vinda de um móvel (sendo consertado), resíduo de parede durante uma furação, resíduo de ferrugem em uma troca de lâmpada no teto e outras tantas situações.
O uso de óculos, durante esses procedimentos, pode diminuir muito essas possibilidades; até óculos de natação podem ser muito úteis. Neste momento de tanta dificuldade em todos os hospitais, qualquer colaboração na área médica é bem-vinda, até para não expor as pessoas ao contágio da Covid-19. Sei bem o que é a emergência de um hospital.
Nos últimos dois anos de faculdade, eu dava plantão como estagiário, basicamente atendendo a emergências. No quinto ano, na Maternidade Clara Basbaun, e no sexto, no Hospital Municipal Miguel Couto, ambos hospitais públicos, aprendi o que é a angústia e a dor do paciente. Depois, já como oftalmologista, continuei a trabalhar no mesmo Miguel Couto, onde fui do “staff” e permaneci por 15 anos.
Fui ainda professor assistente da cadeira de Oftalmologia na Escola Médica do Rio de Janeiro. Talvez, já pela experiência na profissão que escolhi, resolvi, neste momento, atender, no meu consultório, na Visconde de Pirajá, 550, em Ipanema, estritamente a casos de emergência e de cuidados pós-operatórios, para quem pode ou não pagar. Estamos à disposição, por celular ou WhatsApp, no (21) 99973-4433.
André Cechinel é médico e pianista (às vezes, pianista e médico) — nome importante na Oftalmologia carioca.