Com certeza, ninguém nunca viveu um momento como este. Essa simples constatação já muda toda a nossa percepção da vida e dos hábitos. Os sentimentos de ordem são solidariedade e empatia, mas essas ações só acontecem de verdade quando estamos nos sentindo bem por completo, principalmente mental e espiritualmente. Dessa forma, abrimos um espaço-olhar ao próximo. Conhecermo-nos e estarmos em harmonia faz grande diferença. Entrar num mundo totalmente desconhecido, sem aviso nem preparação, tem demonstrado a resiliência da maioria de nós e, apesar de tudo, estamos de parabéns.
Enquanto estamos apreensivos sobre como vamos seguir e viver daqui pra frente, confiamos na ciência, mas muito também no nosso conhecimento interno. No entanto, claro que para muitos a prioridade é sobreviver nas mais diversas camadas da nossa sociedade. Para outros, o isolamento social se transformou numa grande reorganização do tempo e, com isso, numa viagem interna consciente ou inconsciente. Conhecer a si próprio e à sua volta (a casa) transformou-se numa grande – e desconhecida – aventura.
Falei com a empresária Isabela Lage sobre viajar —para conhecer lugares — e “viajar” com a prática de yoga e meditação. Em ambos os casos, o termo significa aventura, prazer e hobby. Sempre envolvida em muitas ações sociais, Isabela não mudou sua vida nesse aspecto, apenas aumentou suas ações. Adepta do conceito de que, para ajudar, o primeiro passo é estar bem consigo, sempre procurou o autoconhecimento. “Viagem, para mim, sempre foi uma fonte de prazer, hábito interrompido pela quarentena, mas hoje a viagem mudou – passou a ser para dentro. Começamos a nos encarar e, assim, transformamos, com calma, nossa consciência; fazemos as pazes com nossos defeitos e com a nossa vida. Olhamos novas oportunidades para viver melhor e equilibrar mente, corpo e alma. Desejo que todos consigam desfrutar com entusiasmo dessa viagem interna, que sempre entendi como uma forma muito positiva de nos priorizar, pois pode ser tão cheia de aventura como qualquer outra viagem. Olhar para dentro requer uma decisão interna, disponibilidade e vontade de estar em harmonia com o novo mundo. Vale a pena!”.