Nesta terça (28/04), o prefeito Marcelo Crivella publicou um decreto, no Diário Oficial, sobre o funcionamento das feiras livres, com várias ressalvas. Muita gente deve estar morrendo de saudades do pastel com caldo de cana, tapiocas e afins. No entanto, os feirantes vão ter um trabalhão: as barracas vão ter que estar envolvidas com plástico PVC transparente, só com uma passagem para pegar o dinheiro e entregar os pedidos, e as pessoas não podem consumi-los ali, só em casa. Imagina a atmosfera de fritura (não confunda com a política, essa é mais ingênua) dentro desse ambiente?
A decisão revoga o Decreto Rio nº 47.381, de 22 de abril de 2020, que suspendeu temporariamente o funcionamento de feiras e gerou polêmica. A partir desta quarta (29/04), todas as 162 feiras móveis do Rio poderão ser montadas em seus dias e locais definidos. Todos os feirantes vão ter que usar máscara de proteção, manter, em suas barracas, recipiente com álcool 70% para uso próprio, de auxiliares, empregados e clientes, e atender, apenas, o cliente que esteja usando máscara.
“Entendemos que a feira livre é necessária, pois comercializa gêneros de primeira necessidade, mas, neste momento, não podemos afrouxar na prevenção e nas medidas de controle de contaminação”, diz Cláudio Souza, secretário municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação (SMDEI). Caso descumpra as recomendações, o feirante pode pagar multa de R$ 20 mil (até parece que eles têm!). De acordo com Crivella, lojas de tecido e aviamentos também passarão a abrir em determinados horários, para fornecer insumos às costureiras que estão produzindo máscaras.