O bloco Minha Luz é de LED enviou um comunicado, nesta segunda (17/02), avisando que foi proibido de desfilar na quinta (20/02). O bloco sai desde 2014. Segundo o texto, a Polícia Militar vetou o cortejo, alegando que “em 2019, os foliões fecharam a saída do Túnel 450 (que fica na altura da Praça Marechal Âncora). Por sermos noturnos, a Riotur não nos reconhece como bloco e precisamos fazer a legalização como evento de rua, o que é muito mais burocrático e custoso. Em janeiro, 6 meses depois do início desse processo, conseguimos o documento de permissão para o evento, emitido pela prefeitura”, dizem os organizadores.
“Mesmo assumindo todos os custos e cumprindo todas as exigências como contratação de posto médico, ambulância, UTI móvel, segurança, banheiros, limpeza, brigadistas e extintores, e tendo feito reuniões com a secretaria de eventos, com engenheiros da prefeitura para localizarmos nosso palco num lugar que mais respeite as regras da cidade, além de muitos outros esforços, nosso processo foi indeferido no dia 6 de fevereiro pela Polícia Militar”.
O “Minha luz” ficou conhecido por um repertório eclético com um sistema de som em cima de triciclo, chamado de “BananoBike” e juntava milhares de pessoas num local anunciado pouco antes da apresentação. “É um ano inteiro de trabalho jogado fora. Estamos inconsoláveis por não conseguir botar nosso bloco na rua”.
A foto que ilustra o comunicado foi inspirada no desfile de Joãosinho Trinta, pela Beija-Flor em 1989, com o Cristo coberto por um plástico preto depois de uma ação da igreja católica, proibido de ser exposto pela Justiça. “Carnaval é festa, alegria, mas também resistência política e cultural. Vale lembrar que este ano é de eleições municipais e a cidade merece gestores que valorizem a cultura e as festas do povo”, diz o fim do texto.