Mesmo sem casos comprovados de infecção pelo covid-19, o novo nome do coronavírus, no Brasil — até esta quinta (13/02), são seis suspeitos investigados — alguns hospitais particulares estão a toda em campanhas informativas, como a Casa de Saúde São José (CSSJ), no Humaitá. Entre as imagens dos recém-nascidos no telão do hall de entrada, vídeos e cartazes explicativos sobre a doença.
Nesse fim de semana, por exemplo, a CSSJ reuniu 200 colaboradores e funcionários para uma aula do infectologista Vitor Martins, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). “Treinamos os colaboradores e disponibilizamos o teste específico (VIROMA) através do laboratório parceiro. Também houve aumento do fornecimento de álcool gel e a compra de materiais e equipamentos, como capotes impermeáveis e máscaras”, explicou Martins.
O Americas Medical City, que engloba o Hospital Samaritano e o Vitória, na Barra, por exemplo, está separando leitos, tanto para pacientes com sarampo quanto para o covid-19; além disso, estão em pauta aulas e palestras sobre o assunto, segundo o clínico intensivista Rodrigo Hatum. Outros, como a Rede D’Or, Rede Amil, Rede Casa, Unimed e Assim/Memorial também ligaram o alerta.
No início da semana, o ministro Luiz Henrique Mandetta evitou falar que a situação está sob controle: “Vamos ficar alerta até que tenhamos uma condição de calmaria, que não é o caso atual. Acho possível e provável que esse vírus chegue ao Brasil. Dessa forma, temos de estar muito vigilantes para que, se chegar, possamos organizar o tratamento dessa pessoa e minimizar a transmissão para os eventuais contatos que possam surgir”.