Quem comenta que o Baile do Copa é sempre igual ou que tudo já foi visto ali, acaba se surpreendendo: na edição 2020, nesse sábado (22/02), sob o tema “Abra suas asas”, as pessoas eram recebidas por uma bateria, com a diretora do hotel, Andrea Natal, transformada numa leoa dourada, participando com seu tamborim. Isso significa já chegar à festa dançando e pela portaria oficial do hotel, pela primeira vez, desde 1994, quando o baile existe nesse formato, dali partindo para o próximo passo: a decoração de Daniel Cruz.
Os salões do hotel foram transformados em uma floresta, com inúmeros animais ali representados, dos leões às girafas, chegando ao ponto de, no salão, onde estava o bufê, por exemplo, ter uma trilha sonora de sons emitidos pelos animais — ia desde o rosnado do leão ao canto dos passarinhos, deixando turistas nacionais e estrangeiros em êxtase. O tema “florestas” não pode ser mais atual em relação ao Brasil. E as jaulas? Sucesso máximo para os convidados, virou cenário de fotos.
Uma convidada perguntava: “O decorador se inspirou na festa ‘Troia Assassina’, de Ibiza?”. Não se sabe, fato é que os elogios não cessavam! Outro comentava: “Ou andamos enjaulados na nossa própria cidade?”. Nas mesas, ombrelones de plumas pretas; no teto, de costela de Adão a cogumelos (não era mesmo uma viagem?). Enquanto isso, à 1h da manhã, chega a rainha da festa: Camila Queiroz. Que fantasia era aquela, uma mistura de Barbarela com Mulher Maravilha? A atriz toda dourada abriu mesmo as suas asas, sustentadas naquele corpo sinistro — que par de pernas é aquele?
Quanto a soltar as feras, talvez tenha deixado para mais tarde com o marido, Klebber Toledo, o tempo todo com olhares apaixonados. Alguém comentou: “Metade desse baile é gay!”; e um médico respondeu: “Não, 40%, incluindo ou não a parte que a gente não sabe!”.
E o presidente da Riotur, Marcelo Alves, ao ser perguntado, que tal o baile, dizia: “É a festa da diversidade”. Acertou: é da diversidade, é autêntica, é original, tem espírito e é a abertura oficial do carnaval, com ou sem prefeito, com ou sem governador, com o Cordão do Bola Preta e Jorge Benjor dando canja, e sem o Coronavírus — esse baile vai por si.