Em mais uma vistoria pela Lagoa da Tijuca, do Camorim e de Jacarepaguá, nesta terça (07/01), o biólogo Mario Moscatelli encontrou loucuras dentro e fora da água: poltrona boiando, TV daquelas antigas, sacos de lixo cheios de garrafas e uma infinidade de lixo. “Tudo que parcela da população pode lançar nos rios, vai parar nas lagoas e por lá fica por décadas, milênios conforme o produto. Quer saber? Tem pessoas que realmente perderam a noção do certo e do errado. Simplesmente abriram mão, por inúmeros motivos, da civilidade, mesmo que isso possa lhes custar a vida”, diz Mario.
Com todo esse descarte, as gigogas dominam as lagoas — o vegetal se desenvolve no meio ambiente aquático contaminado e é conhecido por despoluir as águas, já que suas raízes filtram a matéria orgânica. Como proliferam muito, é preciso removê-las periodicamente, para que não ocupem completamente a superfície. “Mais uma vez, elas estão ancoradas nas ilhas de lama e lixo. Essa é a realidade ambiental no Rio, lugar abençoado por Deus e administrado historicamente por quem desdenha da criação. Parcelas significativas da sociedade são incivilizadas, ou, mais comumente, denominadas porcas! O preço dessa incivilidade custará cada vez mais caro”, lamenta ele, dizendo que a solução são campanhas permanentes nos meios de comunicação, para educar crianças e conscientizar adultos da devastação e das consequências para a saúde.