A família do jornalista e arqueólogo carioca Nilson José de Souza, atualmente com 88 anos, acaba de doar 1.200 livros de egiptologia para a biblioteca do Museu Nacional, no Horto Botânico, na Quinta da Boa Vista, distante do prédio que pegou fogo em setembro de 2018. Nilson, um apaixonado pelo Egito Antigo, iniciou suas pesquisas na década de 70, a partir do acervo de instituições científicas e das informações trocadas com Kenneth Kitchen, professor da Faculdade de Liverpool, na Inglaterra, que já lançou mais de 250 livros e artigos sobre o Egito. Foram necessárias quatro viagens para levar a coleção à biblioteca, que, em retribuição, registrou os volumes como “Coleção Nilson José de Souza”. Atualmente, o espaço tem 470 mil livros.
Vale lembrar que, antes do incêndio, o Museu Nacional tinha o maior acervo de egiptologia da América Latina: 700 peças cobriam praticamente toda a história do Antigo Egito. Quase tudo se perdeu; até agora, foram recuperadas pouco mais de 200 peças da coleção egípcia.