Trabalhar em casa nunca foi tão comum como atualmente – o empresário do futuro não vê separação entre casa e trabalho. Comodidade, praticidade, conforto, agilidade e tantas outras vantagens fazem desse novo local uma opção cada vez mais frequente e moderna, a casa multifuncional.
Com a tecnologia, essa opção se tornou ainda mais vantajosa. Trabalhar em casa, hoje, pode ser o auge da modernidade, mas, no século XVII, era elegante e exclusivo já que poucos podiam morar numa casa grande com escritório independente. Com o tempo, os escritórios externos passaram a dar status, como se fosse um cartão de visitas.
Contudo, nada disso importa mais, porque buscamos o conforto e bem-estar em primeiro lugar. Sabemos que, para ter um bom desempenho profissional, antes de mais nada, precisamos de um lugar incentivador e prático, e que proporcione, também, liberdade e criatividade.
Para trabalharmos bem — e já está provado —, precisamos nos sentir bem! E para quem ainda tem preconceito em trabalhar em casa, basta lembrar que um dos homens mais poderosos do mundo mora e trabalha em casa: todos os presidentes dos Estados Unidos moram na Casa Branca, em Washington, desde os tempos de John Adams.
Perguntei a dois empresários sobre seus escritórios e como eles vivem essa relação.
Andrea Natal é a alma do hotel mais tradicional do Rio, o Copacabana Palace, do qual é diretora. Ela não só mora ali, como também se ocupa de todos os detalhes. Querida dentro e fora do trabalho, Andrea se movimenta na cidade, levando sempre a elegância e a simpatia do lugar que chefia e representa. Sobre o seu lugar de trabalho, Andrea diz: “Meu trabalho é a minha casa, e a minha casa é o meu trabalho”.
José Antônio do Nascimento Brito, presidente da rádio JB FM, é sucesso absoluto em audiência. Moderno e antenado, José Antônio, o Josa, está sempre se reinventando. Mudar e acompanhar os novos tempos faz parte do seu constante sucesso. Para ele, a relação entre trabalho e escritório “continua sendo um ponto importante da minha vida, pois tenho minhas atividades de trabalho, assim como a participação em duas empresas, num raio de seis quarteirões do Centro do Rio — quase uma extensão da minha casa. Ao contrário de várias pessoas, que conseguem trabalhar constantemente ‘na remota’, como se diz, na minha atividade, o contato pessoal permanece importante. Ainda passo uma boa parte do dia no meu escritório, quando estou no Rio. Entretanto, tenho plena consciência de que o trabalho remoto será cada dia mais presente, seja de casa, seja de alguma outra localidade. No meu caso, estou praticamente todas as semanas em Brasília ou em São Paulo, ou seja, isso também é uma realidade. Mas, quando estou no Rio, o escritório é muito presente na minha vida”.