A PROTESTE — Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, fundada em 2001, está em plena campanha de uma ação coletiva, pedindo à população que faça um relatório da situação da água e, assim, encaminhar para reclamação à Cedae. “Pedimos para tirar fotos da água, guardar as notas fiscais de gastos com a compra de água mineral e eventuais despesas com medicamentos e consultas, além de atestados médicos. O acesso à água limpa e segura é um direito reconhecido desde 2010 pela ONU (Organização das Nações Unidas)”, diz o texto do PROTESTE. A pergunta é: será mesmo que as pessoas acreditam que vão receber o dinheiro de volta?
Enquanto isso, vários abaixo-assinados estão circulando nas redes, como o “População contra o sucateamento e a privatização da Cedae”, para pressionar o governador Wilson Witzel e pedir a demissão de Hélio Cabral, presidente da empresa. “Solicitamos ao governador que cumpra com sua palavra e não privatize a companhia, já que o papel da estatal é o de garantir o bem-estar social e não o lucro de burocratas, solicitamos também a demissão do senhor Hélio Cabral”.
Outra reclamação constante de moradores é o aumento no valor da água mineral no comércio. Segundo a Polícia Civil, o aumento chega a 400%. Quem se sentir lesado pelos preços abusivos pode fazer denúncia ao Procon ou ao Disque Denúncia pelo (21) 2253-1177.
Três semanas depois, a Cedae vai começar a usar, nesta quinta (23/01), carvão ativado na Estação de Tratamento do Guandu. O produto deve reter a geosmina, substância orgânica produzida por algas, que teria alterado a água distribuída. A empresa explicou que ainda realiza testes operacionais antes de acionar o sistema. No entanto, a empresa não informa quando o abastecimento vai normalizar. Wilson Witzel prometeu a uma moradora de Bonsucesso, como demos aqui, que a situação será resolvida em uma semana.