As obras de reconstrução da Biblioteca Francisca Keller — que ficava dentro do Museu Nacional e virou pó junto com o acervo de 37 mil livros, em 2018 — vão ficar prontas em março, em novo endereço: no prédio da Biblioteca Central do Museu Nacional, no Horto Botânico, em projeto arquitetônico de Marina Correia, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ) e alunos. “O projeto envolveu um estudo de toda a área da Quinta da Boa Vista de maneira a pensar a intervenção de forma integrada à cidade e ao parque imperial”.
A construção só aconteceu depois de uma campanha de financiamento coletivo “Livros Vivos no Museu”, da Associação Amigos do Museu Nacional, com arrecadação de pouco mais de R$ 215 mil, de 862 pessoas. As doações foram prorrogadas, ou seja, virou uma campanha constante. Até agora, 18 mil livros foram recebidos do Brasil e do exterior — muitos artistas, até, fizeram campanha através de vídeos, como Caetano Veloso, Camila Pitanga, Paulo Miklos, dentre tantos.
As estantes vão ser montadas, a parte elétrica e as novas esquadrias, instaladas; o mobiliário e os equipamentos (mesas, cadeiras, desumidificadores, ares-condicionados etc.) foram comprados e serão entregues ainda este mês. A biblioteca é parte do programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) em parceria com o Museu Nacional e a Universidade Federal do Rio (UFRJ), criado em 1968.