A Lavagem do Bonfim, meio que está para os baianos como o réveillon de Copacabana, para os cariocas, acrescida da representatividade do santo para todos, católicos ou não. O prefeito ACM Neto estava à frente dos milhares de pessoas que tomaram as ruas de Salvador, na manhã desta quinta (16/01), para comemorar Nosso Senhor do Bonfim, no Candomblé sincronizado com Oxalá.
Segundo dados da prefeitura, dois milhões de pessoas vestidas de branco seguiram no cortejo da Igreja da Conceição da Praia, no Comércio, para a igreja do Bonfim, num percurso de 6,4 quilômetros, tudo muito bem organizado — Marcelo Crivella poderia ter umas aulinhas, é ou não é?
Esse peso dado ao evento é herança de Antonio Carlos Magalhães, por quem todos os pais e mães de santos eram apaixonados, pelo valor e pela luz que ele jogou nessa cultura. Segundo consta, o-homem-tinha-corpo-fechado, por razões óbvias, e ACM Neto segue os passos do avô. “Eu comecei a fazer essas caminhadas muito antes de ser prefeito ou mesmo político, acompanhando ele. Acordei bem cedo, um pouquinho ansioso; afinal, é o oitavo ano como prefeito, e o último. Todos sabem que sempre estive aqui com a mesma disposição, com a mesma alegria”, disse.
Já, no Bonfim, as baianas que fazem a lavagem com água de cheiro recebiam o público nas escadarias, tendo como fundo a grade com milhões de fitinhas coloridas — atualmente, não são mais de algodão; o material diferente custa a cair do braço e ter os três pedidos realizados, como reza a lenda. Cadê ACM, o senador, pra resolver isso em dois minutos e meio?