A Associação de Moradores de Copacabana (AmaCopa) está à procura de um advogado que doe seu trabalho para entrar com uma liminar contra a apresentação do bloco A Favorita no próximo dia 12, no palco montado para o réveillon, em evento que abriria os 50 dias de carnaval, como prometido pela Riotur. A coluna conversou com Tony Teixeira, presidente da AmaCopa: “Justiça é Justiça. Vamos alegar as razões lógicas, como o incômodo aos moradores. Copacabana não pode virar uma arena. Por que não colocar esses grandes eventos no Sambódromo? As pessoas cismam com Copacabana. É querer colocar o jogo do Flamengo na praia de Copacabana, com risco de vandalizar o bairro, virar mictório. É, uma irracionalidade! Um advogado já se prontificou; vamos pôr isso no papel e levar ao MP. Queremos turismo o ano todo, mas que coloquem um show como esse num lugar adequado, e não dentro das nossas casas”.
Em grupos de discussão do bairro nas redes sociais, o assunto divide opiniões: “Tenho amor ao bairro, à minha saúde e às pessoas. É um dia apenas. O local comporta muito mais gente. É na praia, a limpeza será feita como sempre, visto que é obrigação da Prefeitura. Acho muito egoísmo da minha parte não querer que milhões de pessoas se divirtam. Em um dia, minha rotina no bairro não será modificada”, diz Carlos Xavier.
“Egoísmo? Sim, é egoísmo com certeza! Em um bairro com 90% da população idosa, pergunto: como passar uma ambulância para acudir alguém? O metrô foi depredado na última vez, o bairro ficou imundo! Nada justifica a sujeira que este povo faz. Vai para o Centro!”, respondeu a moradora Ana Cristina Jacques.
“Outra vez essa polêmica? Basta! Todo ano a mesma coisa… Chega de desordem na Princesinha, que hoje está mais para ‘bruxinha do mar’. Triste!”, escreveu Dulce Galvão.
“O povo de Copacabana reclama de tudo. Daqui a pouco, vão querer tirar o réveillon de Copa e jogar pra Baía de Guanabara, perto do Galeão”, escreveu Alexandre Werneck.