Se tivesse uma lojinha vendendo lencinho no Shopping da Gávea, nessa terça (17/12), o caixa triplicaria o faturamento. Os convidados da sessão do documentário “A Última Gravação”, com cenas dos bastidores dos últimos quatro anos de vida do ator Sérgio Britto (1923-2011), saíram da sala emocionadíssimos. “Ainda vou precisar de um bom tempo para me refazer de tudo que vi”, dizia Camila Morgado.
O filme de Isabel Cavalcanti e Célia Freitas, com produção de Susanna Lira, foi exibido oito anos exatos depois da morte do artista. Mostram-se imagens de camarim, da casa de Santa Teresa, conversas sobre a vida, amizades, velhice, morte e, sobretudo, o amor pelo teatro (ele fez 140 peças), tiradas de 50 horas de gravações, entre 2008 e 2011. Quando elas começaram a produção, Sergio acabara de estrear um espetáculo com duas peças curtas de Samuel Beckett, “A última gravação de Krapp” e “Ato sem palavras 1”, com direção de Isabel, que se tornou uma grande amiga.
A atriz portuguesa Maria Medeiros, que também lançou “Aos Nossos Filhos”, dirigido por ela, numa sala ao lado, passou para rever os vários amigos brasileiros: Chico Diaz, Xuxa Lopes, Guilherme Weber, Guida Vianna, dentre outros.