Os convidados do “Leilão Grandes Coleções”, nessa segunda (11/11), no Teatro Anne Frank, do clube A Hebraica, em São Paulo, saíram com a carteira mais leve. Não que tenha feito diferença em suas contas bancárias, mas, com certeza, fez toda diferença na leveza do travesseiro. O evento foi uma parceria do Instituto Volpi e o Pojeto Leonílson, com curadoria de Pedro Mastrobuono (presidente do instituto).
O valor dos 185 trabalhos de 80 artistas — Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Rubem Valentim, o próprio Volpi, por aí vai — ainda não foi, digamos, computado pela produção, mas pelo valor dos lances iniciais juntos: ultrapa$$ou os R$ 40 milhões. E 20% do total vai para o projeto social “Felicidade”, criado em 2001 pelo rabino Shabsi Alpern, do Beit Chabad do Brasil, que promove atividades para crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer.
“É muito difícil incentivar a caridade no Brasil. Fui atrás de peças importantes, raras e há muito tempo fora de circulação, como ‘Judeu com Livro de Orações’, pintado em 1925; e uma tapeçaria de Genaro de Carvalho encomendada para ficar no gabinete de Juscelino Kubitschek, com 5 metros de largura; duas obras de Ismael Nery que não eram expostas ao público há 50 anos; ‘Roupa de Homem, um bordado de José Leonilson, segundo diversos críticos, considerada a mais importante peça dentro do conjunto da obra do artista”, diz Mastrobuono, que também é conselheiro do Projeto Leonilson.