O que Irmã Dulce pensaria dos 54 nomes da Câmara e dos 22 do Senado, incluindo os acompanhantes, que embarcam para o Vaticano para a sua canonização? A informação é do Valor Econômico (por Lucas Ferraz, Vandson Lima, Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro), em lista enviada para o Ministério das Relações Exteriores com a comitiva oficial. O jornal diz, ainda, que o grande número de autoridades fez com que as embaixadas brasileiras em Roma e na Santa Sé pedissem reforço financeiro ao Itamaraty para custear alguns dos gastos, como o translado entre o aeroporto e o hotel. E como brinca um baiano: “Muitos deles não sabem e nem querem saber que trabalho Irmã Dulce fez na vida”.
A freira, que se declarava apolítica, mas sempre teve a ajuda de direitistas e esquerdistas, num momento da sua vida disse: “O problema é de estrutura porque, individualmente, as pessoas ajudam. Não entro na área da política, não tenho tempo para me inteirar das implicações partidárias. Meu partido é a pobreza. Só não gosto quando usam meu nome para angariar simpatias porque isso prejudica meu trabalho”.