Os animais entraram na Arca de Noé, mas, para que conseguissem, Noé teve que primeiro construí-la a pedido de Deus. Abraão, que gozava de enorme respeito e excelente reputação entre o povo da Terra Prometida, ganhou gratuitamente uma sepultura para enterrar sua mulher, Sara. Contudo fez questão de pagar para adquirir uma caverna para que seus descendentes permanecessem juntos naquela região.
Queremos resultados satisfatórios, luz, abundância e prosperidade? Pois é necessário fazer por merecer, reduzindo, assim, o que os cabalistas chamam de “pão da vergonha”, ser proativo. Trata-se de uma ação conjunta entre nós e o divino. Quando somos ativos (e não “re-ativos”), restringindo nossas negatividades, estamos “enfraquecendo” os nossos “oponentes”, estando mais propícios a receber a luz.
Em situações em que se recebe o mérito por algo sem haver merecimento, acontece um incômodo, uma sensação estranha, desagradável. Parece-nos injusto desfrutar de algo para o qual não contribuímos; por mais malandros que possamos ser, a percepção existe. O lucro está lá. Mas qual o valor?
Através do trabalho e da dedicação, alcançamos significância e significado. Como diz o ditado atribuído a Einstein ou Vince Lombardi (ou outros) e, como o competente artista, José Wilker gostava de repetir, “o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.
Referências:
Shmuel Lemle
https://www.kabbalahcentre. com.br/
Livros “Deus usa batom”, de Karen Berg, e “Você pode ser mais feliz comendo”, Karen Couto, pág. 322