
Sobre nota publicada aqui, nessa segunda (15/07), o deputado estadual Carlo Caiado entrou em contato com a coluna nesta terça (16/07), para explicar sobre a lei complementar 162/2016, aprovada pela Câmara dos Vereadores, que determina que o terreno onde fica o 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon, caso desativado, seja usado para finalidades públicas, como construção de escolas, hospitais, centros culturais e parques, e não para construção de prédios residenciais ou comerciais.
“A lei está em vigor e a venda só teria resultado financeiro favorável ao Governo do Estado. Por isso, em 2016, o então governador Luiz Fernando Pezão pediu um estudo à Prefeitura para poder edificar o terreno e revogar a lei. Em novembro do ano passado, é apresentado, no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), o projeto para a construção de um condomínio com 15 prédios e 800 apartamentos. Então Wilson Witzel retomou a ideia de venda do terreno, que pode ser leiloado, mas não se pode construir nada privado porque a minha lei proíbe”, diz Caiado, que segundo ele, à época, teve o apoio as associações de moradores, inclusive da AmaLeblon, que tem como presidente Evelyn Rosenzweig, que agora defende a construção de prédios residenciais e áreas comerciais. “A minha posição é sempre o que os moradores acharem melhor. Sou mero coadjuvante, o movimento é dos moradores. Aquela área é o pulmão da Zona Sul e deve ser preservada. Eu não pedi o tombamento, como ela diz, mas a mudança do zoneamento (planejamento urbano)”, explica Carlo, comentando que desconhece o projeto da AmaLeblon (construção de sete prédios, centro cultural e parque).
Em defesa do projeto de Caiado, foi criado o Fórum da Cidadania do Leblon, por um grupo de moradores do bairro para tentar resolver os problemas junto às autoridades, incluindo um abaixo-assinado com mais de seis mil assinaturas pela preservação da área.