A plateia da estreia da nova versão de “O mistério de Irma Vap”, dirigida por Jorge Farjalla, nessa quinta (20/06), no teatro Oi Casa Grande, no Leblon, só tinha uma pergunta: que energia é aquela do Mateus Solano e do Luis Miranda? Quantos quilos os atores perdem por apresentação? A gente não sabe, mas só de assistir ao ritmo frenético, das sete trocas de roupa em 3 ou 4 segundos, valeria o espetáculo.
Os atores têm a ajuda de quatro “vodus contrarregras” — Fagundes Emanuel, Greco Trevisan, Kauan Scaldelai e Thomas Marcondes —, que fazem a troca de figurino e toda a movimentação do cenário, como se fosse um trem-fantasma com o carrinho usado de forma manual. “O cenário foi inspirado no filme de terror dos anos 80, ‘Pague para entrar, reze para sair’. É todo teatralizado”, conta o cenógrafo Marco Lima. No fim, ninguém sai do camarim sem tomar banho, tirar a maquiagem pesada e renovar o desodorante. E, ainda assim, sobrou energia para receber os muitos artistas amigos e os elogios.