Os novos infoproletários abandonaram as fábricas tradicionais e criaram uma nova ordem de comportamento no mundo: no horário, na forma, no local de trabalho… Com isso, criaram-se também novos espaços a serem explorados.
Estender a vida útil de um local, reutilizando-o, está dentro dessa nova ordem. Para o arquiteto, colocar-se em um espaço que outras pessoas criaram para outra função é um exercício criativo.
É estar ali procurando um melhor destino sem se desfazer das características do local e ter uma nova relação com o espaço, utilizando, dentro do possível, aquilo que já existe, reativar e reutilizar, respeitando a história. A linha do tempo das construções será o grande desafio dos arquitetos do futuro. As fábricas desativadas podem se transformar em lindas moradias e incríveis locais de trabalho, auditórios, teatros, lazer e muito mais. Os novos profissionais vão migrando para novos locais, e os antigos locais se modificam para novas funções.
São novos materiais a partir dos antigos, reedições mais resistentes e duráveis, inspiradas nos revestimentos antigos. Muitas tendências surgem a partir das redescobertas, esquecidas nas paredes de locais desativados; assim, criamos uma nova história, com espaços mais originais, e evoluímos. A arquitetura e o tempo sempre caminharam juntos, modificando e criando possibilidades diversas.