Uma polêmica começa a tomar proporções enormes em Paris: um painel instalado no número 10 da Rue des Petits-Carreaux, no Centro da cidade. Trata-se de uma imagem da época colonial francesa, classificada como monumento histórico em 23 maio de 1984, que representa um homem negro, vestido com uma bermuda, servindo seu mestre branco colonialista. O cartaz fazia promoção de uma loja de produtos exóticos em que o café era o produto principal. Foi instalado em 1890, na fachada de um imóvel do século XIX – uma escolha, à época, deliberada, que, até então, não incomodava porque se tratava de uma realidade do passado.
Depois de algum tempo, a população parisiense se questiona se o painel tem seu espaço atualmente, em que combater a discriminação virou um lema, e eles acham chocante uma imagem que mostra o triste período do colonialismo em plena rua.
O problema é que a imagem foi tombada como patrimônio histórico, e não pode ser retirada sem que o Conselho de Paris se reúna para aprovar ou não a retirada. Uma das ideias é instalar uma placa explicativa contando a história da imagem para situá-la em sua época. Um outro painel colonialista existente em Paris, na 12 Place de la Contrescarpe, no 75005 — “Au Negre Joyaux”, que representava um negro servindo café à sua patroa burguesa —, foi vandalizado e, em seguida, retirado da fachada do prédio. Uma coisa é certa: esse tipo de imagem, retratando uma época ou não, tornou-se inadmissível em Paris ou em qualquer lugar do mundo.
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Não poderia deixar de falar sobre a Notre-Dame. Depois do triste incêndio na Catedral de Paris, que tomou de emoção o mundo, o momento agora é de pensar na reconstrução. A família Pinault doou 100 milhões de euros (aproximadamente R$ 440 milhões), a família Arnaud, 200 milhões de euros (R$ 880 milhões) e outros bilionários também, totalizando R$ 3 bilhões, para que a restauração comece o mais rápido possível.
O Presidente Emmanuel Macron, que acompanhou de perto o trabalho dos bombeiros, prometeu aos franceses começar as obras o mais rápido possível. Um apelo à população foi lançado: que cada um doe 1 euro para ajudar na renovação. As missas da Páscoa que estavam programadas serão transferidas para a igreja Saint Sulpice. Acima, algumas imagens das redes sociais de vários lugares do mundo, cada qual exprimindo uma emoção. Notre-Dame continua de pé!!!!
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O chef estrelado Jean Imbert inaugurou novo restaurante em Paris, o Mamie. Desta vez, ele criou uma cozinha familiar, inspirada nos pratos que sua avó (Mamie) preparava para ele na infância e adolescência. A cozinha oferece produtos frescos, simples e de ótima qualidade. A decoração é retrô, confortável e familiar. Vale a pena conhecer.
Mamie
35 bis,Rue Jean de la Fontaine – 75016 – Paris
Reserva – 33142880447
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Um comportamento que já fazia parte da cultura francesa – comprar em lojas de segunda mão e vintages – tem tomado proporções interessantes, pois, segundo a plataforma americana Thred Up, esse mercado de brechós tende a ultrapassar em vendas o mercado do fast fashion num futuro próximo. Uma mudança tem sido observada: os consumidores são jovens estudantes entre 18 e 24 anos, sem muito orçamento para comprar roupas de luxo, seguidos por pessoas de 25 a 37 anos e, mais recentemente, por pessoas com mais de 37 anos, que também aderiram à moda. Segundo o Instituto Francês da Moda, o mercado vintage aumentou em 30% suas vendas em 2018. E Paris é um paraíso do vintage, com boutiques cheias de boas oportunidades de compra.
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A 72ª edição do Festival de Cannes acontecerá de 14 a 25 de maio. Este ano, o famoso cartaz é uma homenagem à grande Agnés Varda, cineasta belga considerada precursora da Nouvelle Vague; ela morreu no dia 29 de março, vítima de câncer de mama.
O presidente convidado do júri é o diretor Alejandro González Iñárritu, mexicano vencedor do Oscar de melhor direção por “Birdman” (2015) e “O Regresso” (2016). Esta é a primeira vez que o júri do festival é presidido por um artista mexicano. Bom filme!
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Meus queridos, a coluna sai de férias para a Páscoa, mas volta em meados de maio. Feliz Páscoa a todos!!!
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