Dez mulheres importantes da música brasileira participaram de debate promovido pela União Brasileira de Compositores (UBC), nesse domingo (22/4), no Centro. Tédio universal do domingão passou longe dali. Falaram dos desafios de se firmarem como compositoras de sucesso, em um cenário predominantemente masculino, trazendo suas vivências, causas e lutas. No entanto, independentemente do meio, o fim é o mesmo: a valorização da mulher.
O encontro faz parte do estudo “Por Elas que Fazem Música“, um mapeamento do papel e, fundamentalmente, representatividade feminina na classe de autores brasileiros: entre os 30 mil associados da UBC, apenas 14% são compostos por mulheres. O estudo apresentou dados que comprovam a atual desigualdade de distribuição entre os sexos no cenário autoral do País. Os valores médios arrecadados por compositoras são 28% menores que os dos homens; do total em direitos autorais pela UBC, 91% vão para o sexo masculino. A maior faixa etária (55%) é entre 20 e 39 anos, ou seja, compositoras muito jovens e, dos 100 associados que mais arrecadaram em 2018, apenas nove eram mulheres.