Durante lançamento do novo portal da prefeitura (já com problema de funcionamento) Marcelo Crivella aproveitou para dar uma alfinetada em Wilson Witzel, um dos foliões do carnaval, ao dizer que o governador está desinformado sobre o processo de transferir a gestão do Sambódromo para o governo estadual. Witzel anunciou, na última semana, a intenção de assumir a administração da Sapucai, mas segundo o prefeito, witzel precisa pedir ao município, porque a estrutura pertence à cidade e está cedida em regime de comodato.
“Podemos conversar, mas o maior benefício do carnaval já vai para o estado. A festa movimenta R$ 3 bilhões na venda de bebidas, nos hotéis, nos meios de comunicação que recolhem impostos para o estado. Venda de cerveja não paga IPTU ou ISS, paga ICMS”, explicou o prefeito, aproveitando para fazer uma proposta a Witzel. “O governador poderia assumir também o hospital Rocha Faria, o Pedro II, o Albert Schweitzer, que a prefeitura assumiu na época que o estado estava quebrado. Já que pode cuidar do carnaval, cuide também dessa parte da saúde, que cá pra nós é até mais importante que o carnaval”, disse Crivella. O Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande, foram municipalizados em 2016, durante o governo de Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão; o Pedro II passou para a gestão municipal durante o período de Sérgio Cabral.
Crivella também disse que está pensando em criar a Secretaria de Turismo e um dos projetos seria a construção de um resort integrado, com hotéis, shopping e cassino na região do Porto Maravilha. “Isso inclui a aprovação (no Congresso) de uma lei para cassinos. Eu espero que seja um só cassino no Brasil, não é a liberação de todos os jogos, colocar máquinas em tudo quanto é esquina, isso é ruim para o nosso povo, mas por que no Porto? Porque, embora esteja no Rio, o Porto pertence a todos os brasileiros”. É só o que falta aos cariocas: governador e prefeito não se entenderem!