Três pinturas da exposição “São Francisco na arte de mestres italianos”, em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) até o dia 3 de fevereiro, têm um diferencial: são acompanhadas de placas táteis feitas com resina líquida e impressas em alto relevo por impressoras em 3D, que praticamente copia o quadro, para pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Funciona assim: as pontas dos dedos tocam a placa e sentem as linhas, círculos e ondulações, que ganham forma e são sentidas e interpretadas por aqueles que não enxergam.
Entre as obras com o artifício estão “São Francisco recebe os estigmas” (1570), de Tiziano Vecellio (1488-1576); e “São Francisco de Assis e quatro flagelantes” (1499 – pré-renascimento), de Pietro Perugino. “Não tenho a ilusão de poder fornecer a visão perfeita para o deficiente, mas será bastante razoável, algo que ele não teria nunca, não fosse a oportunidade tátil”, disse José Eduardo de Lima Pereira, presidente da Casa Fiat de Cultura, sobre a iniciativa do Núcleo de Acessibilidade do Programa Educativo da Casa Fiat.