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Lembra-se dele? O rapper Tulio Dek, do sucesso “Tudo passa”, ao lado de Di Ferrero em 2008, sumiu dos palcos e virou artista plástico. Sua primeira individual, “Reflexos”, com curadoria de Marco Antônio Teobaldo, foi inaugurada nessa quinta-feira (13/12), na TNT Arte Galeria, no Fashion Mall, São Conrado.
Ele largou a música há seis anos, depois de cumprir contrato com uma gravadora, e partiu para Florença, Itália, onde aprendeu a esculpir. “Não me identifico com a formação acadêmica, onde existe perfeição de formas; eles ensinam um realismo que não me interessa. Choquei uma professora que viu um busto de Beethoven que fiz e rabisquei todo depois”, diz ele. Entre os trabalhos, 12 pinturas e três esculturas que chamaram muita atenção: manequins revestidos com mais de dois mil projéteis de cartucho calibre 12, que deram nome à mostra. “É um reflexo de como me sinto no Rio, já que a cidade passa por um momento muito difícil, de muito medo”, disse Dek, que nasceu em Goiânia, tem ateliê em Florença, mas escolheu o Rio para viver.
Glória Pires e Orlando Morais, tios de Tulio (ele é filho de Ana Morais, irmã de Orlando), por exemplo, são fãs além dos laços familiares.
Em janeiro, Túlio vai fazer uma grande intervenção no Memorial Vargas, no Rio, usando, como suporte para suas pinturas, tecidos com padronagem alusiva ao pijama de Getúlio Vargas (1882-1954). Os tecidos estarão suspensos, e o público vai poder caminhar entre eles.