Nem sempre limitar e conter o crescimento do verde significam ir contra a própria natureza. Pode ficar bem interessante a poda de uma trepadeira ou de um arbusto para fazer um caminho, por exemplo. Quando plantamos árvores em volta de uma estrada ou de um lago, também estamos orientando a natureza. O importante é escolher as plantas que se adaptam bem ao clima e ao solo da região do jardim. Os franceses começaram a fazer esses projetos paisagísticos com a intenção de decorar e “seguir” a natureza para compor a suntuosa arquitetura dos palácios.
Labirintos, alas e caminhos podem tornar-se verdadeiras poesias geométricas, feitas pelo homem com a ajuda, claro, do que o meio ambiente nos dá. Porém são jardins trabalhosos, com manutenção constante e podas regulares, o que não significa simplesmente cortar, mas saber qual o lugar ideal do tronco para que a planta continue a crescer na direção desejada.
Direcionar a natureza faz parte do nosso modelo cultural, o que vem lá das plantações agrícolas até os jardins urbanos planejados, como praças. Ter um ambiente podado e geométrico é questão de gosto. Um jardim francês pode ser muito mais bem cuidado do que um jardim abandonado, onde a vegetação não é regada ou adubada – as plantinhas agradecem quando ficam próximas de outras, para fazer sombra ou pegar sol, dependendo de suas necessidades; aliás, até a água pode matar. Um jardim francês fica lindo se for bem cuidado e pode ser a atração da casa, assim como uma bela escultura.