Claudia Melli vai levar 90 desenhos em nanquim sobre vidro, para a Galeria Anita Schwartz, na Gávea, na mostra “Revoada”, a partir da próxima quinta-feira (22/11). Os novos trabalhos da artista plástica são inspirados na passagem do tempo e nos ciclos da natureza – a andorinha do ártico é a personagem principal. A ave é conhecida por fazer a maior migração entre todas as espécies de pássaros, ao sair da costa Ártica no fim do verão para a costa Antártica, onde passa o inverno para se alimentar, retornando na primavera. “O voo dessas aves numa mesma direção é a representação dos ciclos naturais que se repetem perfeitamente, a passagem das estações, o movimento das marés, o dia e a noite e a nossa respiração”, explica Melli.
Casada com o fotógrafo João de Orleans e Bragança, Claudia diz que seu trabalho sempre foi muito influenciado pela fotografia, e as trocas com o marido são constantes (como você vê, além de cama e mesa – rsrsrs): “Conversamos muito, quase nunca concordamos, mas é sempre enriquecedor o exercício de defender o seu ponto de vista e, às vezes, descobrir que o olhar do outro foi mais longe que o seu”. A artista também vai levar a instalação “Lugar de abrigo” para a “Monumental 2018 – A arte delas”, evento com curadoria de Marc Poltier, que ocupa os espaços ao ar livre da Marina da Glória, a partir de 26 de novembro. São três balanços pendurados em estrutura de ferro e correntes com assentos de madeira, que vão ficar em uma estrutura flutuante, na Baía de Guanabara.