Os convidados da pré-estreia de “O Paciente – O Caso Tancredo Neves”, dirigido por Sérgio Rezende e produzido por Mariza Leão, nessa quarta-feira (05/09) confirmaram o que a crítica especializada já havia dito: Othon Bastos está impressionante no papel do mineiro Tancredo Neves, tanto pela atuação, quanto pela semelhança. O longa é sobre a agonia do presidente que nunca tomou posse, durante o seu turbulento último mês de vida, e chama a atenção para os graves erros médicos que teriam sido cometidos no caso – baseado no livro homônimo do médico e historiador Luís Mir.
Tancredo seria empossado dia 15 de março de 1985 e morreu 21 de abril, no Hospital das Clínicas, em São Paulo, depois de sete cirurgias. “Tancredo faz parte do nosso imaginário, do meu. Mas, depois de ler, pesquisar, fui percebendo a enormidade da tragédia. Tenho a impressão que esse homem se preparou a vida toda para ser presidente do Brasil. Chegou pertinho, e no último momento foi traído por seu corpo. Ele queria ser presidente não pelo lado pessoal, mas focado no Brasil”, disse Bastos, acreditando que o lançamento do filme, a pouco mais de um mês das eleições, foi providencial. “Falta um Tancredo nesse País tão polarizado, dividido, com seu discurso moderado, conciliador”.
A plateia teve a mesma impressão e saiu de lá com uma pergunta: e se Tancredo fosse vivo? Também no elenco, Paulo Betti (o médico Henrique Pinotti), Otávio Müller (o médico Renault Ribeiro), Leonardo Medeiros (como o médico Francisco Pinheiro Rocha), Emilio Dantas (como Antônio Britto, porta-voz da presidência na época), Esther Góes (Risoleta Neves, mulher de Tancredo) e Lucas Drummond (Aécio Neves, neto de Tancredo).