O Museu Histórico Nacional (MHN), no Centro, vai manter a mostra da reconstituição da face do imperador D. Pedro I tal qual estava nos seus últimos anos de vida (ele morreu em 1834), nesta quarta-feira (05/09). “Optamos por manter o evento mesmo depois da tragédia do Museu Nacional, para demonstrar a vitalidade, resistência e importância dos museus para a cultura brasileira”, diz o comunicado do MHN. Durante o evento, vão estar o hagiólogo José Luís Lira, coordenador do projeto, Maurício Ferreira Jr., historiador e diretor do Museu Imperial, em Petrópolis, e Paulo Knauss, diretor do MHN. “A reconstituição facial atual apresenta uma possibilidade de leitura do rosto de D. Pedro quando ele já estava no fim da vida e vivia em Portugal como D.Pedro IV”, conta Knauss.
A impressão em terceira dimensão foi feita pelo designer Cicero Moraes. “A maior dificuldade foi a reconstrução do crânio, feita de uma imagem do fotógrafo Maurício de Paiva durante a exumação de D. Pedro I em 2012”, conta Cicero. O trabalho ainda contou com o perito forense Marcos Paulo Salles Machado, do Instituto Médico Legal do Rio, e com a artista plástica Mari Bueno, para dar acabamento no rosto.