Frans Krajcberg (1921-2017) ganhou uma exposição na Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa, a “Respiração Krajcberg”, com curadoria de Marcio Doctors, nesse fim de semana. Vai fazer parte do circuito da ArtRio que fica em cartaz até fevereiro. A mostra reúne sete grandes trabalhos, além de fotos e videoinstalações que recuperam momentos de destruição da 2ª Guerra Mundial e das queimadas florestais, que repercutem os momentos dramáticos da vida do artista – polonês naturalizado brasileiro, que chegou ao Brasil para reconstruir a vida depois de perder a família num campo de concentração.
Tem também retratos de Frans feitos por Luiz Garrido e imagens da viagem ao Alto Amazonas com o crítico e filósofo Pierre Restany e, ainda, com o pintor Sepp Baendereck, quando foi redigido o “Manifesto Rio Negro”, lido na exposição por Israel Klabin. Tudo tendo como trilha sonora o Choro nº 10, de Villa-Lobos, e Canticum Naturale, de Edino Krieger. “Ele foi uma pessoa que enfrentou a destruição e encontrou força de vida através da arte; defendia uma causa sem usar o trabalho como panfleto político”, disse Doctors.