A turma do cinema brasileiro está mais do que preparada para a friaca na Serra Gaúcha, durante a 46ª edição do Festival de Gramado, que começou nessa sexta-feira (17/08), com a exibição fora de competição de “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues. Neste sábado (18/08), o longa, adaptado do poema de Jorge de Lima, foi reprisado com bate-papo no hotel Serra Azul, com a presença de equipe e elenco, na trama que conta a história de um circo que passa para as gerações da família Kieps – com Jesuíta Barbosa, Mariana Ximenes, Bruna Linzmeyer, Marcos Frota, Vincent Cassel e Juliano Cazarré. Antes da exibição, Diegues, aos 78 anos e com mais de 20 trabalhos no currículo, foi aplaudido de pé no Palácio dos Festivais, o que se repetiu no hotel. O filme começou a ser rodado em 2015, em Portugal, e só foi concluído recentemente e foi anunciada também a nova data de estreia em circuito nacional – de setembro para novembro.
Na conversa, Cacá fez piada quando um jornalista perguntou sobre a demora de três anos. “Você está sendo gentil, na verdade, foram 13 anos”, disse ele colocando a culpa no processo de finalização feito na França, além de elogiar a dedicação de Ximenes, que passou seis meses praticando trapézio. Em determinados momentos, o público realmente perdia o fôlego nas cenas de trapezistas ousados, domadores de leão corajosos e um mágico romântico. “O circo é a mãe de todas as artes e viveu seu momento de consagração aqui em Gramado”, disse Marcos Frota, que fundou o Unicirco em 1995, bem como uma escola para formar artistas circenses. Também estão na cidade Marieta Severo, para lançar a “A Voz do Silêncio”, de André Ristum, o diretor Carlos Sadanha (da animações “Rio” e “A era do gelo 2”), que recebe homenagem neste sábado (18/08) com o Troféu Eduardo Abelin – atualmente ele trabalha na produção de “Cidades invisíveis”, série ficcional para a Netflix, com Marcos Pigossi, com início das gravações no segundo semestre -, entre tantos.