Já pensou em ficar dependurado num tecido caindo do teto, sem ser no Cirque du Soleil? É possível. Falo da “yoga aerial”, ou “yoga no tecido”, em que os alunos ficam suspensos no ar – e, sim, qualquer um pode fazer, segundo a professora Thalita Lippi, do Studio Yoga One, na Gávea. “Até mesmo quem nunca fez absolutamente nada de yoga consegue se divertir, se entregar. Aos que já são praticantes, o aerial funciona potencializando”, diz Thatita, que chegou a ser atriz, como a mãe, Nádia Lipp – atuou em “Caminho das Índias” (2009) e “Guerra dos sexos” (2013).
Na verdade, a família toda é de artistas: o pai é o diretor de cinema Ney Sant’Anna; o avô, o cineasta Nelson Pereira dos Santos (1928 – 2018). Por anos, Thalita praticou yoga apenas para manter a forma, mas, depois de um acontecimento pessoal, isso mudou. “Sou completamente apaixonada pelas possibilidades do aerial, utilizamos a gravidade a favor do nosso alongamento profundo. Além disso, a prática tem uma questão de superação mental (principalmente, nas posturas invertidas), que nos permite ressignificar a nossa capacidade de ultrapassar limites”, diz ela.