Depois de vetar o projeto de lei que declarava o Quilombo da Pedra do Sal como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio, o prefeito Marcelo Crivella voltou atrás e determinou a abertura do registro para reconhecer o lugar como Bem Cultural de Natureza Imaterial e inscrevê-lo no livro de Livro de Registro dos Lugares (IPHAN), segundo decreto publicado nesta sexta-feira (06/07), no Diário Oficial. De acordo com o texto, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) será o responsável por “pesquisar, documentar, inventariar, registrar e definir políticas de fomento para este bem”. O Quilombo fica na Zona Portuária do Rio e era onde os escravos africanos descarregavam sal importado de Portugal. Foi lá, também, que nasceu a região da Pequena África, onde acontecem diversas manifestações culturais da cidade. “O Quilombo é um movimento permanente que caracteriza a dimensão da vivência de povos africanos que se recusavam à submissão, à exploração e à violência do sistema colonial e do escravismo”, disse Crivella.