Enquanto a natureza não tem pressa, a ciência dispara na corrida pela evolução. O mundo virtual torna-se cada vez mais intenso, sofisticado e imprescindível … Na arquitetura, não é diferente: o mundo virtual invade. Hoje podemos entrar e sentir espaços de uma casa antes mesmo de ela existir. Em programas mais sofisticados, a realidade virtual permite que o usuário utilize o espaço como se estivesse sentado ou deitado, vendo a vista do seu quarto ou da varanda. E tudo indica que, no futuro, a construção civil será executada por robôs.
O que vai acontecer com essas profissões? Como a arquitetura vai interagir nesse novo mundo? Existe a corrente pessimista, que ainda se assusta com esse desenho de futuro. Para muitos, a arquitetura é a arte de construir sonhos, desejos baseados no encontro pessoal entre arquiteto e cliente. Até hoje, nas faculdades de arquitetura, os estudantes são obrigados a aprender a desenhar, mão, o croqui de um projeto antes mesmo de começar a usar o computador. O desenho manual cria um envolvimento entre o arquiteto e projeto muito mais intenso do que o desenho no computador.
Entretanto, o mundo virtual vai dar lugar a novas e empolgantes perspectivas:
– a facilidade com que o cliente vai entender um espaço, senti-lo, antes mesmo de ser construído, vai poupar tempo e facilitará a dinâmica da elaboração do projeto;
-a possibilidade de visualizar um espaço vai resultar em um novo olhar ainda mais específico e mais detalhado, para maiores e mais intensas adaptações do projeto ao usuário;
-o conhecimento que a realidade virtual proporcionará ao cliente vai poder transformar a arquitetura em uma atividade inteiramente personalizada, feita sob medida.
Ao contrário do que muitos pensam, o tempo que a tecnologia reduz, com soluções rápidas e imediatas, não diminui nem pasteuriza as ideias criativas. Além disso, o tempo que sobra é preenchido com novas ideias e formas de tornar a nossa vida ainda mais prática e confortável. O futuro caminha para nos mimar! Novas atividades muito mais criativas e menos cansativas darão lugar a atividades mecânicas e repetitivas. Quanto mais modernos, tecnológicos e virtuais, mais específicos e únicos seremos. O poder de escolha e o livre arbítrio não são alterados pelo avanço tecnológico. A realidade virtual vem com pressa e, com toda a tranquilidade, vai transformar o nosso mundo.