Em resposta à entrevista de Raphael Pazos, criador da Comissão de Segurança do Ciclismo da Cidade do Rio (CSC-RJ), aqui no site, que falou sobre o Velo-City, maior conferência do mundo sobre mobilidade por meio de bicicletas, que acontece na cidade até esta sexta-feira (15/06), ser um “evento para inglês ver” e os ciclistas cariocas estariam excluídos do evento e ainda que o prefeito não faz absolutamente nada pelas “magrelas”:
Crise
“A bicicleta é a maneira em que o rico e o pobre se deslocam na mesma velocidade e com grandes benefícios. A crise é anômica, e todo carioca percebe que nunca enfrentamos coisa igual. Na primeira oportunidade que tivermos, vamos implementar a bicicleta”, diz o prefeito, quanto aos consertos das ciclovias esburacadas, e que a culpa é da crise econômica no País, que atinge principalmente o Rio, e está dificultando os investimentos.
Dívida
O prefeito também comenta que está pagando os R$7 bilhões em empréstimos feitos durante a gestão de Eduardo Paes e que, por isso, falta dinheiro em caixa. “Só este ano e em 2017, pagamos R$3 bilhões de juros, que, aliás, foram empréstimos feitos na Caixa e no BNDES que eu nunca vi, porque, nos dois primeiros anos, tem carência. Nesse empréstimo que ele pegou nos dois primeiros anos, tem um salto, um saque de R$3 bi e que eu estou tentando negociar para diminuir, porque a crise na arrecadação é muito grande. Temos grandes objetivos no campo da mobilidade, e melhorar as nossas ciclovias é um deles.”
Ciclovia Tim Maia e obras futuras
Crivella também garantiu, para este ano, a construção da ciclovia de Sepetiba e, até 2020, mais 50km de rede cicloviária pela cidade. Comentou também sobre o futuro da ciclovia Tim Maia, que inclusive terá audiência pública nesta sexta-feira (15/06), na Câmara Municipal. “Na ciclovia de Sepetiba, nós temos uma contrapartida da antiga CNA, agora Tyssen, siderúrgica que produz aço laminado; enfim, ali nós temos uma contrapartida. A questão da Tim Maia está judicializada. Uma onda muito forte suspendeu a viga, mas ela se rompeu e foi feito o reforço. O juiz pediu que o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) se manifestasse sobre a eficiência do reforço, mas isso não aconteceu. Eu sou engenheiro e tenho mais de 100 obras registradas como responsável técnico. Era melhor que se pedisse à COPPE (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) ou a uma empresa de consultoria ou ainda aos técnicos da prefeitura. Já tentei diversos contatos com o magistrado, mas ele aguarda uma manifestação do CREA. Já propus diversas saídas, inclusive com parecer técnico da prefeitura ou de órgãos de consultoria, como a própria COPPE.”