Daniel Lannes inaugurou a exposição “Dentição”, nessa quinta-feira (07/06), na galeria Luciana Caravello, em Ipanema, que, mesmo antes da abertura, estava lotada; dos 12 trabalhos, nove foram vendidos imediatamente. A inspiração para as pinturas veio do Manifesto Antropofágico, um dos marcos do Modernismo brasileiro, que está completando 90 anos, e foi publicado em dois volumes chamados “Dentição”. “A partir dessa palavra, fui buscando imagens que não são só ilustram como também se relacionam com as ideias modernistas”, diz Lannes, cujas referências vão desde Freud até a História do Brasil. Nos quadros, ele interpreta o movimento através de imagens de filmes, músicas com as ideias canibalísticas e antropofágicas – e traz alusões para a atualidade, como em trabalhos inspirados na música “Vai Malandra”, de Anitta, além de Carmen Miranda, e no livro “Macunaíma” (1928), de Mário de Andrade (1893 – 1945). E sobrou até para Oswald de Andrade, que é retratado, em um dos quadros, protegido por um escudo da tribo canibal Asmat.