O Cine Sesc em São Paulo ficou lotado para a pré-estreia de “Berenice Procura”, mesmo numa sexta-feira (15/06), à tardinha. Parte do elenco e equipe – Cláudia Abreu, Caio Manhente, Guta Ruiz, Eduardo Moscovis e Carol Marra, além da produtora Elisa Tolomelli e o diretor Allan Fiterman – bateu um papo com a imprensa e a plateia antes da sessão. No longa, baseado no romance homônimo de Luiz Alfredo Garcia-Roza, a história de Berenice (Abreu), uma mulher de 35 anos, extremamente dedicada ao seu trabalho de taxista no Rio, que decide investigar o assassinato de uma transgênero (Valentina Sampaio) em Copacabana, depois de ver seu filho adolescente envolvido de alguma forma com o caso.
“É uma trama sobre crise de identidade, com alguém que reconstrói a vida pra seguir em frente depois de descobrir um assassinato”, diz o diretor, que destaca o desempenho da jovem atriz trans Valentina – que não estava por ali por compromissos como modelo em Nova York. “Ela cresce nas cenas. E o mergulho que fizemos na questão trans fez do filme um laboratório sobre gêneros, além de ter tornado a história de Berenice mais atual”. Cláudia acrescentou dizendo que “é fundamental isso ser mais falado, ser mais comum. Vamos falar mais disso. É preciso! Essa naturalidade tem que ser cada vez mais aceita pela sociedade”.