O chef, escritor e apresentador de TV americano Anthony Bourdain, que morreu nesta-feira (07/06), na França, aos 61 anos, tinha laços muito mais fortes com o Brasil do que apenas com São Paulo e Belém, onde gravou seus programas. Bourdain, que tanto tinha as facas afiadas quanto os comentários, era adepto do jiu-jítsu desde 2013 e tornou-se faixa azul pela academia de Igor Gracie – sim, da famosa família brasileira das artes marciais – em Nova York.
O chef acabou conhecendo o esporte através da ex-mulher, Ottavia Bourdain, que se tornou ávida praticante depois do nascimento da filha, hoje com 11 anos (já adepta do esporte com o mesmo professor). Igor postou uma foto com Bourdain em suas redes sociais, com a legenda “Vá em paz, irmão”, assim como Ângela de Carvalho Gracie: “É com imensa tristeza que comunicamos a morte do nosso amigo e aluno Anthony Bourdain. Só pedindo muitas orações por ele, que foi, e por sua filha, que ficou. Vai em Paz”.
Em 2013, Anthony contou para a Gracie Magazine como era sua rotina no esporte: “Todos os dias em que estou em casa, em Nova York, vou para a Renzo Gracie Academy e visto o meu kimono. Em seguida, com os pés descalços, estou pronto para cumprir o meu destino no tatame. Invariavelmente, eu não finalizo ninguém. Por mais que eu gostaria, não consigo comprimir o pescoço de alguém de tal forma a restringir o fluxo de sangue oxigenado para o cérebro. Em vez disso, luto tão duro o quanto puder para adiar o inevitável e afastar meus parceiros de treino, quase sempre mais jovens, maiores e mais musculosos. A cada segundo que posso impedir que isso aconteça, é uma vitória para mim”, disse à época.