Titica – a rainha do kuduro africano e a primeira cantora a assumir a transexualidade em Angola, que esteve no Rock in Rio – volta ao Brasil para alguns shows, entre eles, os dois anos da festa “Batekoo” no Porto Lab, em Santo Cristo, dia 11 de maio. Titica, que já foi embaixadora da Unaids Angola, eleita a trans mais influente da África, sofreu discriminação no início da carreira, já apanhou e foi apedrejada. “As pessoas homofóbicas são cegas, e temos que mostrar que isso não é um bicho de sete cabeças e mudar a mente delas. As ações das pessoas têm que falar mais alto; não precisa bater de frente, e sim agir”, diz Titica, cuja dança, estilo e música têm tudo a ver com o Brasil. “A dança ainda é muito marginalizada em Angola. Em princípio, por causa da forma de nos apresentar, de falar, porque não seguimos o padrão da sociedade”, diz ela, que gravou a música “Come e Baza” com Pabllo Vittar e os dois vão se apresentar juntos pela primeira no Festival Bananada, em Goiânia, no dia 12.